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cc by-nc-sa (c) Gonçalves, 2015
Si us plau utilitzeu sempre aquest identificador per citar o enllaçar aquest document: https://hdl.handle.net/2445/67851

A incerteza no proceso urbano. A produção do espaço na Margem Sul do Estuário do Tejo

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Resum

[por] Esta tese trata da incerteza como fator determinante na produção urbana contemporânea, analisando em profundidade a Margem Sul do Tejo. A consolidação da cidade industrial correspondeu à infra-estruturação, capacidade de produção e ampliação do espaço urbano, baseada na previsão da oferta de serviços urbanos. Foi também a origem disciplinar do urbanismo, como teoria do conhecimento da urbanização e organização da sua prática. Na rotura do modelo industrial e a transição para uma urbanidade pós-industrial, mais plural e extensa, ocorre também uma diversificação e especialização do saber do urbano, por várias áreas de conhecimento. Vários autores nas últimas décadas vêm apontando para o aumento da escala das estruturas urbanas, da sua maior diversidade e da complexidade das dinâmicas de relação entre os atores a elas ligadas. À rápida velocidade de transformação acrescentam-se outros aspectos de conflito ou interação, ligados a instabilidade de ciclos econômicos ou políticos, como alguns dos fatores que contribuem para a percepção de uma menor previsibilidade e maior instabilidade urbana. Estas dinâmicas de transformação da cidade contemporânea, marcadas pela instabilidade e variabilidade dos processos urbanos, são refletidas de inúmeras formas na ação do planeamento e desenho urbano. Assim, o saber urbanístico parece hoje não conseguir responder a estas condicionantes dinâmicas, reduzindo a sua fiabilidade e capacidade para determinar o futuro. Neste contexto, a incerteza tornou-se indispensável como conceito útil para o entendimento da instabilidade. Como conceito transversal aquelas transformações, será essencial considerar como alternativa à menor viabilidade das formas de planear ancoradas em relações de causa-efeito, regras pré-estabelecidas ou “standards” rígidos de desenho. No âmbito das estratégias de desenho cresce a necessidade de gerir fatores, elementos e atores que mudam mais facilmente. Como responder a estas mudanças? A discussão central da investigação, naquele contexto de transição é da dificuldade que a incerteza confere aos processos de desenho e de produção da cidade contemporânea. Assim, propusemo-nos basear numa leitura interdisciplinar de cidade e na análise dos processos da construção e transformação do espaço urbano, desenvolvendo raciocínios estratégicos sobre a incerteza: - No campo teórico, centramo-nos nas transformações da produção da cidade. No estudo das estratégias do planeamento e desenho urbano para intervir na cidade atual, identificamos as lacunas existentes, as condições, práticas e instrumentos relevantes, que levam a uma reflexão aprofundada sobre os conceitos de plano, programa e projeto, em diferentes tempos e contextos e a necessidade de “novos” processos, ferramentas e estratégias. - No campo prático, analisamos a re-estruturação urbana “pós-industrial”, tendo como caso de estudo a Margem Sul do Tejo, na Área Metropolitana de Lisboa. No estudo das emergências e expectativas de transformação, mas também fatores contraditórios de retração e dificuldades, procuramos explicitar os reflexos da incerteza nos processos de transformação do território e formular raciocínios sobre a viabilidade das transformações. Procuramos assim responder a questões de investigação que são de matriz teórico-prática: se a complexidade cresce, que elementos podemos usar para interpretar e intervir nestes espaços, em contextos de incerteza e instabilidade latente? Apresentamos a proposta de uma matriz conceptual e operativa, centrada no princípio da continuidade urbana e baseada nos sistemas urbanos com potencial estruturador do território urbano –a paisagem, a infraestrutura e o espaço público- a partir da sua definição teórica e da sua explicitação no conjunto de espaços ribeirinhos da Margem Sul. Finalmente, uma discussão do papel das escalas e dos modos de aplicação da matriz, numa lógica processual e interdisciplinar da adaptabilidade urbana, permitir-nos-á aprofundar a reflexão sobre a sua relevância, para estruturar a continuidade em intervenções onde a incerteza condiciona a decisão, apoiando-nos numa lógica dos sistemas e “layers” de ação.

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GONÇALVES BRANDÃO ESTÊVÃO, Ana luísa. A incerteza no proceso urbano. A produção do espaço na Margem Sul do Estuário do Tejo. [consulta: 3 de desembre de 2025]. [Disponible a: https://hdl.handle.net/2445/67851]

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